Que a pandemia virou o mundo de cabeça para baixo, não é novidade. Mas em meio ao caos, você já se perguntou como anda a saúde mental dos profissionais da saúde?
Pesquisas revelam que aqueles que cuidam de todos, também sentem os impactos negativos na saúde mental, causados pela Covid-19. Os profissionais da saúde que estão na linha de frente no combate à pandemia, mesmo com muito preparo, vivenciam grandes desafios para preservar as vidas, trabalhando exaustivas horas e lidando com as mais adversas situações.
Resultado da rotina médica
O grande número de casos e mortes de pacientes, colegas e familiares, causou impactos diretos na vida pessoal e profissional de 95% desses trabalhadores em todo o país. É o que aponta a pesquisa Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19, realizada pela Fiocruz. Além disso, quase 50% admitem trabalhar excessivamente, em jornadas que ultrapassam as 40 horas semanais.
O questionário que obteve mais de 25 mil participantes, de todas as categorias profissionais da área da Saúde, indicou que 43,2% deles não se sentem protegidos no trabalho, mais de 23% por falta e inadequação do uso de EPIs (64% revelaram a necessidade de improvisar equipamentos).
Ainda na pesquisa da Fiocruz, 15,8% dos profissionais da saúde relataram ter perturbação do sono. Mais de 13% deles, irritabilidade/choro frequente, 9% dificuldade de concentração, perda de satisfação na carreira ou na vida e mais de 8% pensamento negativo, suicida e alteração no peso. O estudo demonstra ainda que 14% daqueles que atuam na linha de frente, estão no limite da exaustão.
E ainda, segundo uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), estresse e pânico são os principais fatores que contribuíram para o desgaste emocional. Dentre os 1600 médicos entrevistados, 23% tiveram elevação no estresse, picos de ansiedade, síndrome do pânico e insônia, e 15% sintomas de sensação de medo e pânico do desconhecido.
Todos por uma única causa
Depois de mais de 1 ano no combate à pandemia do coronavírus, não só as equipes da saúde que estão na linha de frente sentem esses impactos, mas também os profissionais de diversas especialidades, seja no ambiente hospitalar, nas Unidades Básicas de Saúde ou nas clínicas.
Todos os médicos e profissionais da área da saúde precisam se manter atualizados sobre novos protocolos, procedimentos, técnicas, cirurgias e medicamentos. Essa atualização é constante. E, além disso, muitos profissionais são requisitados a desenvolver e participar de estudos, pesquisas e análises. Um trabalho dos bastidores da pandemia, que é igualmente admirável e necessário.
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