• linfoma de Hodgkin
Linfoma: conheça os sintomas e tratamentos

O linfoma é o câncer que acomete o sistema linfático, onde há um crescimento anormal e acelerado de células não-saudáveis, resultando em um linfoma ou câncer do sistema linfático.

Esse câncer se divide em dois tipos: Hodgkin, que se espalha de forma ordenada de um grupo de linfonodos para outro grupo e não Hodgkin, que se espalha de maneira não ordenada e pode começar em qualquer lugar do corpo.

O linfoma de Hodgkin corresponde a cerca de 11% de todos os linfomas. Sua maior incidência é em adolescentes, jovens adultos e idosos na faixa de 60 anos. E, seus principais sintomas são:

-Aumento dos gânglios linfáticos, podendo ou não ter dor;

-Suores noturnos intensos, com ou sem febre;

-Febre ou calafrios à noite ou mesmo durante o dia;

-Perda de apetite;

-Perda de peso inexplicável;

-Fadiga ou perda de energia;

-Pele seca e com coceira;

-Erupção cutânea avermelhada, disseminada pelo corpo;

-Tosse e dificuldade para respirar ou desconforto no peito, causados por um gânglio linfático grandemente aumentado nesta região;

-Aumento do fígado ou do baço. 

O linfoma não Hodgkin é o mais comum entre os linfomas e corresponde a 40% dos tumores. Costuma acometer idosos com idade média de 64 anos. Os sintomas linfoma não Hodgkin são:

  • Inchaço indolor dos gânglios linfáticos da virilha, axilas e pescoço;
  • Suores noturnos intensos, com ou sem febre;
  • Febre;
  • Erupção cutânea avermelhada, disseminada pelo corpo;
  • Náusea e vômitos;
  • Perda de peso inexplicável;
  • Cansaço;
  • Coceira;
  • Tosse ou dificuldade para respirar;
  • Dor de cabeça e dificuldade de concentração;
  • Dor no pescoço, nos braços ou no abdômen;
  • Fraqueza nos braços e/ou nas pernas;
  • Confusão mental. 

O diagnóstico dos dois tipos de linfoma é feito através de exames de sangue, exames de imagem e biópsia de medula óssea e o tratamento é baseado, principalmente, na realização de quimioterapia, radioterapia e transplante de medula óssea. Se for diagnosticado precocemente e se o início do tratamento for feito o quanto antes, as chances de cura do linfoma são altas.

Tratamentos:

Existem várias categorias para o tratamento para o linfoma. A opção pelo primeiro tratamento varia conforme o tipo do linfoma e seu estágio: assim, podemos escolher o método que tem maior chance de controlar a doença ou até mesmo curar. É importante mencionar, no entanto, que cada pessoa responde de forma diferente aos tratamentos. Conheça abaixo quais são eles:

    • Cirurgia: esta opção não é apenas um tratamento, mas é o procedimento ideal para se ter um diagnóstico preciso. Pois, quando existe um linfonodo inchado de maneira recorrente, é necessário a sua retirada cirurgicamente. E, em muitos casos, apenas a cirurgia já é eficaz para o tratamento. Caso a doença esteja restrita ao linfonodo, assim que for retirado, a pessoa estará curada;
  • Quimioterapia: esta forma é a mais conhecida para tratar todo o tipo de câncer. O princípio da quimioterapia é utilizar medicamentos que impeçam as células anormais de se proliferarem. Deste modo, é possível conter o crescimento do câncer e impedir que evolua, originando as metástases. Geralmente, a quimioterapia está associada ou à cirurgia ou à radioterapia, que são utilizados para a remoção completa do tumor; ela sozinha, não tem potencial para erradicar completamente a doença;
    • Radioterapia: é o tratamento que utiliza energia de radiação ionizante (que altera a forma do DNA, estimulando a célula doente à morte). Ela é feita por ondas invisíveis, que penetram no corpo e destroem as células do tumor. Por isso, conseguimos atuar exatamente na área do câncer e atingir o mínimo possível de tecido de órgãos saudáveis;
  • Imunoterapia: apesar de ser do sistema imunológico de onde origina este câncer, também podemos utilizá-lo para combater a doença. Em pessoas saudáveis, o corpo reconhece as células tumorais e as combate, evitando assim a doença. Com a imunoterapia, o objetivo é fazer com o que câncer seja visível ao sistema imunológico do paciente, dando um “empurrãozinho” para atacar o linfoma. Os medicamentos utilizados na imunoterapia são anticorpos, os mesmos que produzimos em nosso próprio organismo. Eles se ligam nas células do tumor e avisam ao sistema imune que elas estão deficientes. Assim, as células de defesa conseguem identificar a célula doente e combatê-la.
  • Terapia alvo-molecular: o objetivo da terapia alvo é tratar o linfoma com medicamentos muito específicos. Eles atuam em substâncias específicas do tumor, que vão sendo descobertas dia após dia. Assim, é possível atacar apenas células do câncer, minimizando os efeitos colaterais da terapia, como os causados pela quimioterapia tradicional. E, por se tratar de uma medicação muito específica, é necessário realizar estudos laboratoriais do tumor para descobrir se ele irá responder bem à terapia.
  • Transplante de célula tronco hematopoiéticas: em casos da doença ser resistente ao tratamento tradicional ou até mesmo quando ela é curada e retorna após anos, um outro tipo de tratamento utilizado é injetar células tronco hematopoiéticas na medula do paciente. Estas células vão repor as células do sangue e evitar que sua diminuição cause maiores complicações. Assim, é possível intensificar a quimioterapia e combater mais efetivamente o linfoma.

Existem ainda tratamentos que estão em estudos e muitos outros já utilizados que estão em constante atualização. Mas lembre-se: para obter sempre o melhor resultado e ter maiores chances de cura - é importante o diagnóstico precoce. 

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