Você certamente já ouviu falar do contraste, talvez seu médico tenha solicitado um exame com contraste ou conhece alguém que precisa ou já precisou dele. Mas o que é contraste? Quais são os tipos, riscos e contraindicações do contraste? Neste texto vamos responder essas perguntas e tirar as suas dúvidas.
O que é contraste radiológico?
O contraste radiológico é uma substância que serve para dar melhor visibilidade aos órgãos, artérias, vasos sanguíneos e tecidos moles, por exemplo, nos exames de imagem.
Isso porque estas partes do corpo não aparecem tão bem quanto os ossos, devido à densidade, e sem a ajuda do contraste, apareceriam mais opacos e com pouca nitidez nos resultados, dificultando o diagnóstico de doenças e tumores.
Um erro ou atraso no diagnóstico prejudicaria o paciente no tratamento precoce, cura e todo curso da doença, colocando sua saúde e vida em risco. Por isso, o uso de contraste é uma ferramenta muito útil na medicina que é usada há muitos anos. No entanto, seu uso também pode trazer riscos, que abordaremos mais adiante.
Como o contraste funciona?
O fato dos ossos serem mais densos e ficarem mais brancos nos exames, faz com que eles sobreponham órgãos e artérias nos exames de imagem, que por serem menos densos e cheios de fluídos, absorvem menos radiação. Portanto, a substância atua aumentando a absorção de radiação nessas outras partes do corpo que precisam ser destacadas ou "contrastadas" no exame, por isso o nome.
Ele é essencial não apenas para visualização do exame e diagnóstico correto do paciente como já mencionamos, como também para mostrar o caminho percorrido pelo sangue detectando possíveis obstruções e coágulos, por exemplo.
Quais os tipos de contraste?
O contraste pode ter diferentes composições, que são escolhidas de acordo com o exame a ser realizado e a área do corpo que se deseja destacar, conforme a seguir:
- Contrastes Iodados: podem ser administrados por via oral, intravenosa ou retal. Auxiliam nos exames do trato urinário, aparelho digestório e vasos sanguíneos. Os iodados possuem dois subtipos, classificados como iônicos ou não iônicos, sendo que os não iônicos têm menos chance de causar reações, considerados mais seguros;
- Contraste Sulfato de bário: geralmente é indicado para o trato digestivo e não costuma apresentar reações adversas, sendo administrado via oral ou retal;
- Gadolínio: altamente indicado para detectar tumores e infecções, é utilizado na ressonância magnética e raramente apresenta reações.
Quais os exames que usam contraste?
Os exames de imagem que podem utilizar contraste são as Radiografias, Ressonâncias e Tomografias, porém até mesmo exames que normalmente são feitos sem contraste, como uma mamografia, por exemplo, podem ser solicitados pelo(a) médico(a) com a recomendação do contraste em casos específicos, quando não é possível fechar o diagnóstico com o exame convencional.
Entre os exames mais comuns estão a Angiografia (que avalia os vasos sanguíneos), Colangiografia (das vias biliares) e Urografia (trato urinário e rins).
Quais os riscos e contraindicações?
Como toda substância, o contraste pode causar reações e, portanto, ter contraindicações, sendo algumas delas gerais (para todos) e outras individuais, de acordo com as características e condições de saúde de cada paciente.
Contraindicações
Um exemplo de ressalva que precisa ser avaliado com cuidado pela equipe médica, é o paciente diabético que utiliza o medicamento metformina, pois ele retarda a eliminação da substância pelos rins. Este remédio associado ao contraste de iodo pode causar insuficiência renal aguda.
Outra restrição importante são pessoas com suspeita de alguma perfuração (como da víscera oca), que não podem receber o sulfato de bário, uma vez que seu vazamento seria altamente inflamatório para as paredes externas que revestem pulmão e outros órgãos.
De modo geral, qualquer tipo de contraste radiológico está contraindicado se o paciente estiver com desidratação, em pré-operatório (prestes a se submeter a cirurgia) ou tenha qualquer obstrução nos órgãos. Portanto, a indicação de contraste sempre deve ser feita e avaliada por um médico.
Pessoas com alergia e que já tenham apresentado alguma reação ao contraste ou iodo, por exemplo, precisam ser observadas, mas dependendo do caso é possível realizar o exame recebendo um antialérgico como preventivo antes do exame, sem maiores complicações. A seguir vamos abordar as possíveis reações alérgicas e reações adversas dos tipos de contraste.
Reações do contraste
Como mencionamos anteriormente no tópico dos tipos de contraste, os iodados (subtipos iônicos) são os que apresentam mais reações, que podem ser leves, moderadas ou graves.
Mesmo que não se trate de nada grave, é comum a pessoa sentir incômodos, como uma sensação de calor ou algo que vai percorrendo o corpo, náuseas ou gosto metálico na boca, por exemplo, que passam espontaneamente após um tempo da aplicação.
De todo modo, sempre informe os profissionais sobre qualquer reação. Além disso, o exame com contraste precisa ser realizado em um ambiente adequado, que possua estrutura e profissionais para atendimento emergencial, caso necessário.
Quanto às demais reações, elas podem acontecer durante ou um tempo após o uso de contraste, podendo ser:
- Calor corporal;
- Vermelhidão;
- Coceira ou irritação na pele;
- Inchaço;
- Formação de caroços;
- Náuseas, vômitos ou diarréia;
- Dor de cabeça e tontura;
- Edema de glote (inchaço que dificulta a respiração e se dá por reação alérgica grave, precisando de atendimento imediato);
- Falta de ar, broncoespasmo ou crises de asma;
- Aumento ou queda da pressão arterial;
- Convulsões;
- Insuficiência renal ou redução da produção de urina;
- Arritmias (alterações na frequência cardíaca);
- Insuficiência renal (parada repentina dos rins e da filtragem do sangue);
- Parada cardíaca.
Falta de contraste no Brasil e importação de insumos radiológicos
Sabendo da importância do contraste para diagnóstico correto e precoce para o tratamento de diversas doenças, a substância precisa estar sempre presente nos estoques de clínicas de imagem e radiologia. Mas, infelizmente, ocorrem períodos de falta do insumo no Brasil.
Recentemente, o CBR (Colégio brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem) publicou nota de esclarecimento sobre a falta de contrastes no país, especialmente os de iodo ou gadolínio, em virtude de fatores como a pandemia e a escassez de produção de iodo.
Neste cenário, faz-se necessária a importação de contraste para realização dos exames, que pode ser solicitada pelo próprio paciente, pelo médico ou advogado à Onco Import, que é especializada em importação de insumos e medicamentos oncológicos ou de alta complexidade e que estão em falta no estoque nacional.
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